segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


" Amora em flor, boca do povo são palavras de amor."

A folia lá fora, e a redação consumindo tudo aqui dentro.

Palavras na ponta dos dedos para formar o lead do confete e da purpurina.
E os sentimentos pulando como foliões de primeira viagem, onde o samba salta para os dedos indicadores, que dançam como pés de madrinha de bateria.

Aí o Reco reco e a cuíca marcam hora, a hora sai atrás do bloco, o bloco passa e ganha banho de mangueira.
Inconfundíveis o Reco reco e a cuíca e se esbarram na esquina das marchinhas, os olhos falam, e caem arteiros e dengosos na folia.

Folia, folia de carnaval. Sem entender o enredo, Reco Reco beija a Cuíca...como se não houvesse mais outros próximos carnavais.

Foi ali o instante-já. O Agora que era pra se ouvir...consumir.

O Agogô e Tamborim, tentam a tocar, porém Cuíca só combina com Reco Reco, que a tira da roda.
Reco Reco toca Cuíca e Cuíca toca-o. Ela cochila ao som dele, que soa aos ouvidos como respiração que quer inalar tudo. Mas um tudo que ambos não sabem. E não sabem ouvir.

E nesse não saber...Reco reco foge, porém a estrada abdica a passagem, pra ele se redimir.
Cuíca dorme vazia, mas acorda sonhando.

E a bateria? Ahhh ela, imita meu coração!!!!

Avenida: Começo. Meio e Fim.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sim, minha bagunça!


"A isso queria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para organização anterior."

Tenho repulsa dessa minha desorganização e tudo que contribui pra ela continuar assim...desorganizada.
Dela me aproximo cada vez mais, mais intensa e mais intima.
Arrumar? Poderiam achar que é uma boa saída.
Porém, eu não. Sempre vem um e bagunça!

Cresci lendo aquele método de organização:
Sujou, limpa
Abriu, fecha.
E assim por diante. Leis do equilíbrio doméstico.

Métodos não funcionam nem para objetos, tampouco para nós mutantes.
Meus métodos são camaleões. Estão sempre indo, mudando.
Falando assim parece que não há repulsa. É, talvez eu queira alguém pra arrumar, arrumar alguém, ficar ali dobradinho.
Ou não, acho que eu quero mesmo é o fora do lugar, o amassado.

Ficar assim... tudo de pernas para o ar.
Posso respirar melhor.

" O Mundo inteiro terá que se transformar pra eu caber nele." Clarice Lispector

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Para lê-la!



Negando e tornando-se.
Paralela a vida é assim...
E acreditem, a ironia é um talento.
Como um exercício de continuidade.

Entre minha vista e meu coração estabeleceu-se um acordo!

Adivinhe?