sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Continuo Aqui...



No meu cantinho escrevendo artigos acadêmicos que hoje me arrancam o tempo para rabiscar sobre vida, paixões e políticas inflamadas de discursos complexos.E é disso que gosto de falar.
Fim de ano, fim de tantas coisas.
Um retrovisor com tantas imagens. Ora ofuscadas, ora tão claras que nem conseguimos enxergar um fim devido ao forte reflexo nos olhos e no caminho, que anda, no entanto, retrocede de uma forma e em algum momento de nossas vidas..

Fim de Bush. Da estupidez e das Tropas.
Fim de Derci e dos 101 anos acompanhados das palavras grandes.
Fim de 5 anos de uma infância roubada, lançada a grama.

Começo de Obama. E da aceitação do rejeitado histórico.
Início de uma crise mundial, talvez com menos sobrevivência que os palavrões de Derci.
Estréia de Maisa, 6 anos de um megafone enjoativo.

Essa semana indagaram-me sobre o fim dos meus romances. Esses só iniciam.
Já as paixões passaram, pelo simples fato de serem paixões. A carne cicatriza e casquinha cai.
E o coração só tem espaço pra um Presente de Natal.
Eu tenho direito a laço vermelho. E a laços!
Desatá-los? Só quando houver um fim!

Carolina

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Lembranças.!


Lorena, 26 de agosto de 2006
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"Todo formigueiro tem uma rainha.
Para todo cágado uma cágada.
Para todo arteiro uma anjo-da-guarda.
Para cada bumbum uma fralda.
Para cada bebê um papai e para cada filho uma mamãe.
E para mim você.
Mas nem toda estrela tem um nome.
Nem toda flor tem quem a beije.
Nem todo girassol tem que o faça girar.
Nem toda boca tem um sorriso.
Nem todos olhos têm brilho.
Nem todo útero é um jardim de Margarida, Rosa e Flor.
Nem todo céu tem 3 Marias e uma eterna lua-de-mel.
Não é qualquer um que viaja o mundo de Velotrol, nem que namora Nossa Senhora.
Nem todo mundo tem um cão com nome de Mel."
...
Nem toda história tem um fim ou não conseguimos escrever um.
Somente sentir.
.
"O que a memória amou fica eterno"
Carolina.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Interruptor.



Ele fica me olhando, acende dúvidas impertinentes.
Mas não ilumina.
Apago ou não apago?

As vezes quero ficar num escuro, acender a vela e rezar.
Uma reza para almas, santos, meu avô e minha alma.
Acho que o que a vela reflete é mais natural e me faz melhor.
Luz Elétrica, "Luz para Todos", muita Engenharia e Politicagem.
Fico com a parafina derretida que nos queima de uma forma que não dói.
A lâmpada quebra e devemos trocá-la periodicamente.
E a luz pode ser cortada por falta de pagamento
Quanto custa para manter uma chama? Um fósforo ou duas pedras?
Pra apagá-la somente um assopro.

A vela deixa cinzas de seu pavio, como o eu do que me queima.
Um dia jogo tudo no jardim. Vira adubo e vida novamente.
Também deixa esculturas tímidas do que se derreteu.
E o que se derrete? Humanos Líquidos.
As coisas não terminam.

Acabou a Luz!
“E agora, José?”
Pega a Vela.


Daí um dia apague-a e faça um pedido!
Ou vai velejar!



Carolina