quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Gramática e vida!

Ninguém folheia minha vida por acaso.!
Se assim fosse, é como se lessem algum texto e no fim dele, não entendessem nada.
Não que a vida seja um livro, a minha não é.
Não a limitaria em índice. Prefácio. Introdução. Conclusão. Editoria e Correção.
Não a submeteria a resenha, resumo. Páginas contadas. Imagina de 1 a 100! Pouco.
Começo, Meio e Fim. “Acabei de ler.”

Uma virgula muda sentidos
Sentidos seguem direções,

Há certos livros que não vamos até seu fim,. Empoeirados permanecem na cabeceira. E se retirados dali, sentimos falta. Ali é seu lugar, faz companhia ao travesseiro e ao imaginário que dorme com imagens acordadas no inconsciente que tanto deseja.
Já outros devoramos em dias, horas e horas.
Outros relemos e relemos.
Parindo daí, somos livros.
Um oficio com entrelinhas.
Uma narrativa diária. E um diário cujo o autor rabisca, rasga folha, amaça e escreve em linhas tortas.
Personagens eternos.

O ponto indica final.
Ou começo de um novo parágrafo.

Escrever me alivia e ler dói as vistas e o coração!


Carolina

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

É simplesmente assim...



O corpo sente.
Fala, deseja, grita, e quer.

O coração sente.
Silencia, ama, recita e espera.

O corpo trai.
Excita, instante, esquece.

O coração fidelidade.
Carinho, eterno, recorda.


O corpo age.
1,2,3 e 4. Sim, quatro.

O coração cochila.
Beija a orelha. Olha no olho.
1 vezes e Dorme no peito.

O corpo quinta-feira.
O coração eternidade.

Como óleo e água?
Tudo foge ao meu entendimento...

Carolina
" Eu te falo com paixão"

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mil Padres Nossos e Mil Ave-Marias


Quando Bentinho roga a Deus, prometendo lhe oferecer sua reza em troca do amor (afinal em seu devaneio livrar-se-ia do seminário para a consumação), lembrei-me dos meus 17 anos quando pedi para não mais me apaixonar. Menina com sentimentos a flor da pele, já sentira ali, quanto custaria manter borboletas no estomago.
Mas o tempo passou, a promessa não se cumpriu.
Aprisionei minhas borboletas.
Elas se mantiveram por mais uma vez em mim. E eu e nele.
Frio na barriga e cócegas no coração.

Senti que era o momento de libertá-las, não pelo fato de me livrar da paixão, mas chegara a hora que só coração digere o sentimento.
Por isso era momento de partida.
No entanto, pra minha surpresa, elas se foram por si só. Criaram asas, e num ato de vingança, por duas décadas de prisão, o levaram.
Teria as borboletas se apaixonado por ele?
Teria ele medo de habitar meu coração?
Teria meu coração medo de abriga-lo?
Teria abrigo? Teria.

Como Bento, rogo a Deus num oficio diário, nem tantas vezes mil, porém vezes, vezes e vezes. Não para o retorno das borboletas, aquelas que acreditei serem mais que sinais, amigas fieis, aquelas que cochicham com a gente dentro quarto a portas fechadas. Não rezo para tê-lo comigo. Mas para ele ter-se com ele e com Ele.

Hoje acordei com duas décadas e um ano, uma pia eternamente sem saída, sem as borboletas no estomago. Entretanto, quando dei por mim lá estavam os casulos. E ele no lugar onde sempre esteve.

Como o ventre gera vida. O coração casulos.
Afinal, borboletas vivem somente 24 horas.


Carolina